Devocional 08\04\2022 O SEGREDO DA VIDA CRISTÃ: A PRÁTICA DIÁRIA DO EVANGELHO

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O SEGREDO DA VIDA CRISTÃ: A PRÁTICA DIÁRIA DO EVANGELHO

TEXTO

A longa saga de vida do apóstolo Paulo tem suas últimas páginas narradas em sua epístola aos filipenses e em sua segunda carta a Timóteo. O homem que foi açoitado, preso e dado como morto, que enfrentou naufrágios, perigos em rios, em desertos, entre compatriotas e estrangeiros, que provou da fome, sede e nudez derramou sua alma nestas epístolas de uma forma como não encontramos em seus demais escritos. Ao final de sua jornada Paulo se revela como um servo provado e aprovado, disposto a nos ensinar os preciosos princípios da vida cristã que o mantiveram firme em toda sua jornada. Em uma de suas últimas exortações aos filipenses ele faz questão de dizer-lhes que tudo aquilo que ele lhes havia ensinado seria inútil caso não fosse praticado tal qual ele o fizera, dando-lhes por fim uma preciosa promessa “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco” (Filipenses 4.9).

Comecemos pelo princípio que é bom que os salvos reconheçam que simplesmente conhecer a verdade sem pratica-la será tão inútil como não a conhecer, sendo necessário que abandonem o preceito pecaminoso da passividade a fim de exercerem sua fé por meio da ação. Há cristãos que sugerem que uma vez que oramos por determinada questão nada mais devemos fazer, simplesmente determinando o que é necessário que Deus realize e esperam, mesmo que em lugar algum da Bíblia esperar em Deus signifique passividade. Olhe para os exemplos relatados no capítulo 11 da epístola aos hebreus, onde lemos que pela fé Noé construiu a arca, pela fé Abraão deixou a sua terra sem saber para onde ia. Todos estes homens não estavam assentados esperando que Deus agisse, eles obedeceram de forma ativa o que Deus lhes havia mandado.

Encontramos a mesma questão quanto a prática bíblica da oração, de forma que muitos cristãos agem como se nada lhes fosse exigido além de orarem a Deus quanto a suas necessidades. O fato é que a verdade que a oração deve ser acompanhada pela fé ativa é negligenciada por muitos, como quando somos orientados pelo Senhor Jesus quanto a nossa conduta ao dizer “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33). De que forma essa “todas as coisas” são nos dadas? Passivamente? Não! A ordem bíblica é clara: ore e trabalhe.

Notemos que não é sem causa que Paulo encerra suas exortações aos filipenses demonstrando que nada do que ele havia ensinado se tornaria realmente útil se eles não se dispusessem a praticar tais princípios em sua vida diária “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei”. Há claramente uma sequência aqui: aprender, entender e praticar. O mero reconhecer que tais princípios foram a causa da vitória de Paulo contra tantos e poderosos inimigos de nada lhes adiantaria se eles mesmos não colocassem em prática tais verdades.

Finalmente, Paulo os fortalece com uma preciosa promessa caso obedecessem a esta verdade ao dizer que “...e o Deus de paz será convosco”. O grande segredo da vida cristã sempre foi ter Deus ao seu lado, e isso somente será possível pela pratica das verdades reveladas em sua palavra.

 

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