Devocional 28\04\2022 O QUE REALMENTE DEVEMOS TEMER: PECADOS NÃO CONFESSADOS
TÍTULO
O QUE REALMENTE DEVEMOS TEMER: PECADOS
NÃO CONFESSADOS
TEXTO
O
texto que encontramos no quinto capítulo da primeira epístola de João é de
grande importância a nós ao dizer “Se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é para
morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado
para morte, e por esse não digo que ore. Toda a iniquidade é pecado, e há
pecado que não é para morte”. é de grande importância que saibamos interpretar
este ensino de forma bíblica.
Iniciemos pelo Velho
Testamento. Percebemos que a Lei Mosaica aplicava a pena capital a determinados
pecados e a outros não. Em Números 12.27 lemos “E, se alguma alma pecar por
ignorância, para expiação do pecado oferecerá uma cabra de um ano”; porém, já o
verso 30 diz “Mas a pessoa que fizer alguma coisa temerariamente...será
extirpada do meio do seu povo”. Nestes versos claramente se entende que não
estava em julgamento a gravidade do ato, mas sim a percepção da iniquidade,
quando cometida de forma deliberada, como foi o caso de Acã em Josué capítulo
7. Já no Novo Testamento encontramos o caso de Ananias e Safira em Atos
capítulo 5. Este casal, havendo vendido uma propriedade, reteve uma parte do
valor, entregando o restante aos apóstolos. Tornado ciente pelo Espírito Santo
do que acontecera, a sentença pronunciada por Pedro foi imediata “Ananias,
por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e
retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E,
vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu
coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. E Ananias, ouvindo estas palavras,
caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram”. Mais uma vez
encontramos alguém consciente de seu erro e sem disposição de confessa-lo. Assim
entendemos que o pecado para morte citado por João não se trata de um pecado específico,
mas sim uma conduta obstinada que se nega a confessar e abandonar o ato
pecaminoso. Ao exortar a igreja ao auto exame precedente a ceia do Senhor, o
apóstolo Paulo nos instrui “Examine-se, pois, o homem a si mesmo... Porque o
que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não
discernindo o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e
doentes, e muitos que dormem”. Deus tem
tirado a vida de seus filhos devido a obstinação em encobrir seu pecado.
Qual o remédio para essa tão
terrível advertência? Mantenha-se o mais longe possível do
pecado. Jamais considere qualquer ato pecaminoso como algo insignificante, quem
julga a gravidade de um pecado é Deus, pelo padrão da sua santidade, e não nós,
pelo relativismo de nossa vontade. Ciente de nossa imperfeição, o apóstolo João nos garante “...e,
se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”.
Há em Jesus Cristo abundante provisão para a restauração da comunhão com Deus.
Este é um encorajamento para resolvermos o problema de nossos atos pecaminosos
em Cristo Jesus, não permitindo que o pecado firme suas raízes em nosso coração,
dando ouvidos a exortação do sábio “Aquele que encobre as
suas transgressões jamais prosperará, mas aquele que as confessa e deixa alcançará
misericórdia”.
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