Devocional 27\04\2022 O QUE REALMENTE DEVEMOS TEMER: A MORTE ETERNA
TÍTULO
O QUE REALMENTE DEVEMOS TEMER: A MORTE
ETERNA
TEXTO
A
narrativa registrada por Mateus no oitavo capítulo de seu evangelho contrasta o
poder de Jesus e a ainda inexperiente fé de seus discípulos, como nos é narrado
“E, entrando ele no barco, seus discípulos o
seguiram; e eis que no mar se levantou uma tempestade, tão
grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo. E os
seus discípulos, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos! Que
perecemos. E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pequena
fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande
bonança. E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até
os ventos e o mar lhe obedecem?”.
Creio que nenhuma outra
situação nos traga mais medo do que a morte. Ser exposto ao risco de morte
resulta em grande agitação na alma. Aqui os discípulos de Jesus estão expostos
a um perigo real, convencidos que nenhum outro escape lhes resta, recorrem ao
mestre “Senhor, salva-nos! Que
perecemos”. Como que pertencente a um outro mundo, Jesus se levanta,
repreende os ventos e o mar, e tudo se acalma. A indagação de Jesus a seus
discípulos é direta “O que vocês temem?”, o que lhes causa tanto temor? O medo
da morte? Jesus encara o medo de perecer manifesto por seus discípulos como
algo desproporcional, irracional. É sábio questionar a razão do Mestre ter
agido assim.
Tomemos o momento de
maior angústia vivido por Jesus neste mundo, as horas anteriores a sua
crucificação, como nos é narrado no evangelho de Lucas “E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e,
pondo-se de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice;
todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. E apareceu-lhe um anjo do céu,
que o fortalecia. E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor
tornou-se como grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão”.
Se pudéssemos
questionar o Mestre diríamos “O que temeis?”, “O Senhor está com medo da
morte?”. E sua resposta seria um sereno não. Jesus não
precisava ter medo da morte, tanto que, para que deixasse está vida foi preciso
que ele mesmo entregasse seu espírito. O que lhe
causava tanta agonia naquela noite no jardim? Não era a
morte que se aproximava, mas sim a pior das experiências pela qual um homem é
capaz de passar.
Quando Jesus estava na cruz, a
Bíblia relata que por três horas fez-se trevas sobre a terra. Foi nestas
angustiantes horas que o Filho de Deus sentiu o peso do desamparo e do
abandono. Seu Pai derramava sobre ele a condenação pelo pecado dos homens, e
para que isso fosse feito, o Pai o desamparou, como nos narra Mateus “E perto da hora
nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é,
Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. Este acontecimento central
na vida de Jesus nos permite entender o que um ser humano deve realmente temer.
Não os meros perigos deste mundo nem as dores que possa sofrer, mas aquilo que
o evangelho lhe aponta como o maior dos males “E não temais os que matam o corpo e
não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a
alma e o corpo”.
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