Devocional 15\05\2022 O SALMO 7 E A ATITUDE DO JUSTO DIANTE DA CALÚNIA
TÍTULO
O SALMO 7 E A ATITUDE DO JUSTO DIANTE
DA CALÚNIA
TEXTO
Que o maligno lança toda
sorte de dardos inflamados sobre os justos é fato que não deveria nos
surpreender, e entre estas tantas setas a calúnia com objetivos difamatórios
ocupa um lugar de destaque no arsenal satânico. Davi provou desta artimanha
maligna e o Salmo 7 é seu registro desta experiência. As palavras iniciais
deste salmo são a marca característica do homem segundo o coração de Deus “SENHOR meu Deus, em
ti confio; salva-me de todos os que me perseguem, e livra-me”. Também deve nos servir de alerta o fato que
Davi reconhece a gravidade causada pelas calúnias levantadas contra ele,
percebendo que não lhe dar atenção fatalmente resultará em nosso mal, como
descrito no verso 2 “Para que ele não arrebate a minha alma, como leão,
despedaçando-a, sem que haja quem a livre”.
Neste salmo podemos perceber os princípios espirituais que norteavam a
conduta de Davi ao ser alvo de calúnias. Lançar toda demanda primeiramente
diante do Senhor antes de tomar qualquer atitude contra seus inimigos era algo
caro para ele, por isso Davi sonda seu próprio coração em busca de alguma falta
oculta “Senhor meu Deus,
se eu fiz isto, se há perversidade nas minhas mãos, se paguei com o mal
àquele que tinha paz comigo...Persiga o inimigo a minha alma e alcance-a”. Da mesma forma Davi era fiel ao princípio
que cabia ao Senhor, e não a ele, vingar-se da impiedade praticada por seus
inimigos, por isso ele diz “Levanta-te, Senhor,
na tua ira; exalta-te por causa do furor dos meus opressores; e desperta por
mim para o juízo que ordenaste...pois tu, ó
justo Deus, provas os corações e as entranhas”. Há um princípio apresentado
neste salmo do qual jamais devíamos nos esquecer, caluniar os servos de Deus
equivale a caluniar o próprio Deus, que sairá em defesa dos seus “O meu
escudo é de Deus, que salva os retos de coração. Deus julga o justo, e se
ira com o ímpio todos os dias... Se o homem não
se converter, Deus afiará a sua espada... e porá em ação as
suas setas inflamadas contra os perseguidores”.
Fiel a seu estilo literário, Davi encerra o Salmo 7 contrastando o fim de
ímpios e justos. Quanto aos ímpios ele diz “Eis que ele está com dores de
perversidade; concebeu trabalhos, e produziu mentiras. Cavou um poço e o fez fundo, e caiu
na cova que fez. A sua obra cairá sobre a sua cabeça; e a sua violência descerá sobre a
sua própria cabeça”. Porém
quanto ao justo ele diz “Eu louvarei ao Senhor segundo
a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do Senhor altíssimo”. Davi nos ensina que ao servo de
Deus não convém praticar a calúnia difamatória, pois esta é contrária ao
caráter verdadeiramente cristão, refletindo uma total ausência de amor para com
o próximo. Ao salvo em Cristo cabe, ao invés da calúnia, a prática do perdão
diante de seus ofensores, como descrito pelo apóstolo Paulo aos efésios “Toda
a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam
tiradas dentre vós, antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos,
perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”. Que a lição do Salmo 7 nos sirva de guia.
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